quarta-feira, dezembro 13, 2006

Breve Manual para Bastardos Violentos

”Você já roubou um automóvel? Você, hmm... cheira cocaína e transa com prostitutas regularmente? Já apagou alguém? Não? Claro, é para essas e outras coisas que existem os filmes de Quentin Tarantino."

I – Facas

As facas são armas fáceis de se ocultar. Atenção: não estamos falando aqui de navalhas ou “jacknives”, prefira as dos tipos militar ou para cortar carne. Devem ser sacadas apenas no momento do ataque, evitando-se assim o desarmamento ou desvios da vítima.
É possível foder definitivamente o cara lançando mão de um conjunto curto de dois movimentos. Há duas seqüências infalíveis: numa, um primeiro ataque é agudo e direcionado à coxa, parte interna, à altura da virilha. Noutra, a mesma investida inicial deve formar um movimento transverso e curto, direcionado ao pescoço. O filho da puta não vai conseguir gritar (embora alguns não abram mão disso). Ambos os movimentos iniciais citados devem ser seguidos de um giro, através do qual o atacante projeta seu dorso contra o adversário, bloqueando a envergadura de seus braços. Como parte de tal ataque, continue com uma investida vigorosa direcionada ao abdome, gume orientado superiormente, à altura do umbigo, usando ambas as mãos para que se possa atingir a aorta abdominal, anterior à coluna vertebral. Então, o corte deve prolongar-se no sentido do tórax, detonando-se assim as abundantes artérias da região. Gire a faca, se houver tempo, para provocar danos mais extensos. Finalizado o ataque o vitimado perderá uma bica de sangue em segundos, tornando-se incapaz de esboçar qualquer defesa. Segue-se choque hipovolêmico e morte em poucos minutos. Uma assistência médica, mesmo imediata, seria incapaz de conter as múltiplas hemorragias. A morte é certa. Missão cumprida. Limpe a faca e guarde para preparar o jantar.

II – Clavas, bastões, tacos, tubos metálicos e martelos

Armas desse tipo dificilmente podem ser carregadas de forma discreta, mas constituem objetos comuns em vários ambientes urbanos. Utilize a porção mais maciça da arma para atacar.

Uma abordagem inicial descente pode ser golpear a face externa do joelho. Dói como o Diabo! O resultado esperado seria o desequilíbrio do oponente e falha de sua guarda. Aproveitando-se disso, direcione o próximo movimento firmemente contra a área logo abaixo dos olhos, na face, à lateral do crânio abaixo das orelhas ou às têmporas. A nuca, caso se exponha na seqüência, é um ótimo alvo. As escolhas resultariam em fraturas dolorosas e incapacitantes. Com o oponente no chão golpeie o crânio repetida e robustamente. Prefira a face, nuca e espinha.

III – Armas de fogo.

Nem é possível andar com um berro na cintura facilmente. Leis proíbem seu uso sem as devidas exigências legais. Portanto a regra aqui é ser rápido, discreto e eficaz.

Os melhores disparos são sempre à queima roupa. Frite o sangue. É um engano privilegiar o crânio, são ossos espessos e podem alojar, sem maiores danos, projéteis de calibres menores. Áreas preferenciais para disparos à curta distância são o abdome médio e o centro do tórax (leve desvio à esquerda e abaixo). Provocarão hemorragias internas que resultam em choque hipovolêmico em pouco tempo. Você não é um ladrão no meio de um tiroteio, portanto esvazie o pente ou tambor. Se o safado virar-se para correr, mire na nuca ou na parte de trás dos joelhos. Ele vai cair, seja rápido e termine seu serviço. Use luvas, roupas com mangas longas e óculos. Abandone a arma na cena do crime ou desmonte-a o mais rápido possível e espalhe as peças em lugares de difíceis buscas policiais, como bueiros, e grandes coleções de água suja. Elimine as possibilidades de rastreamento da compra da arma. Nunca mais, absolutamente, fale sobre o assunto.

III – Enforcamento

Use fios resistentes, os melhores são cabos de aço finos. Use luvas grossas e enrrole as extremidades do fio nas mãos para dar firmeza. Ataque por trás e envolva-se minimamente em confrontos gerados pelas tentativas de defesa do agredido. As pupilas fixas e dilatadas e sinais de liberação esfincteriana são indicativos de sucesso. Não perca, porém, tempo mais do que necessário para checar os sinais de morte. A penetração do fio no pescoço do atacado, provocando sangramento com sangue de cor vermelho-vivo, é um ótimo e rápido sinal de eficiência do ataque. Não abandone o fio nem descarte em lugares óbvios. Uma idéia é usar um cabo retirado de uma máquina qualquer. Limpe, lubrifique e devolva ao seu lugar.

IV – Ataques de mãos livres

É comum que não se tornem disponíveis, no momento da ação, armas como as supracitadas. Uma divisão entre técnicas de combate desarmado pode ser proposta da seguinte maneira:

Punhos: Socos devem ser firmes e certeiros como o bote de uma serpente. De imediato, o alvo preferido é a garganta, à altura da proeminência formada pela cartilagem tireóide. O golpe provocará asfixia parcial e desorientação. Mais ainda não é o suficiente para finalizar a ameaça de um contra ataque. Um segundo “bote”, direcionado ao osso nasal provocará danos intensos à visão do defensor. O sangue invadirá seus olhos e boca. O gosto de se próprio sangue provocará medo, ponto para o atacante. Se conseguir que o cretino exponha a cara, soque sem parar e com força, até não agüentar mais a dor nas suas mãos. Um último alvo para socos, podendo ser usado entre as técnicas já propostas, é a região logo abaixo das costelas no lado direito. O fígado, aí localizado, responde com dor intensa a pancadas firmes.

Joelhos e cotovelos: são superfícies agudas e o dano provocado por elas pode facilmente fraturar costelas e ossos da face. Exigem porém uma guarda muito ineficaz do defensor, oportunidades que não devem, em absoluto, ser desperdiçadas. Um golpe de joelho contra a base do queixo de uma pessoa provocará o que se conhece como concussão da massa encefálica, que resulta em desorientação, náuseas, perda parcial do tônus muscular corporal e cegueira momentânea. A curta distância projete seu joelho sem piedade contra os testículos. Não perca essa oportunidade, eficiente e recompensante.

Chutes: chute o saco dele! Quer coisa mais óbvia? Não use o peito do pé, prefira a ponta do sapato. E jamais deixe de observar a cara que ele vai fazer.. Há uma técnica do Tae Kuon Do denominada chute lateral. Neste movimento o atacante investe estendendo um golpe com o calcanhar da perna anterior, transferindo toda a firmeza de seu membro inferior estendido ao ponto de impacto. Esta técnica, se bem utilizada, leva o oponente ao chão instantaneamente, desorientado e vulnerável. Sugestão de movimento seguinte: “pisão” forte na base do crânio da vítima caída – fratura cervical – insuficiência respiratória – morte em poucos minutos.

Chaves, agarramentos e garras:

a) Agarramentos - as mais eficazes quando mantém-se em mente matar o adversário são as que interrompem o fluxo sanguíneo carotídeo aferente ao encéfalo. A vítima de um “mata leão” ou “triângulo” bem executados estará inconsciente em cerca de 1 minuto. Daí em diante, com um desmaiado estendido aos seus pés, use a criatividade. Só tem uma desvantagem: ele não vai gritar, fazer caretas horrendas nem implorar por misericórdia. Na verdade, nem vai perceber que morreu.

b) As chaves têm como principal objetivo arrebentar ligamentos. As vantagens são a dor insuportável e a inutilização do membro vitimado. Cria-se uma limitação de ataques que torna o uso de outras técnicas mais fácil. Se o intuito não é matar, ao menos a batalha se encerará fatalmente. Caso contrário, alguém com um braço ou perna quebrada não morrerá menos que outra pessoa. Decore o manual, seu inútil!

c) As garras são muito versáteis e proporcionam ataques violentíssimos. Mas uma ressalva há de der feita aqui: Você não é o mestre Pai Mei, o uso desta técnica exige treinamento para fortalecimento anormal de mãos e antebraços. Praticantes da técnica, geralmente, iniciam golpeando a face do opositor com rápidos golpes lacerantes. O idiota vai ficar enfurecido por ter sido atacado com uma unhada tão doída. Garras aplicadas competentemente a articulações proporcionam torções que facilmente rompem ligamentos, eliminando um dos membros-armas do atacado. Podem ser direcionadas a feixes espessos de músculos como o bíceps braquial, provocando dolorimento prolongado e hematomas. Destaque-se aqui o que há de mais mortal na utilização de um golpe tipo garra: um ataque firme com a força de um alicate contra a traquéia pode interromper a luta imediatamente por fraturar cartilagens e provocar asfixia. Nessa situação o vitimado torna-se instantaneamente vulnerável a golpes mais fatais.

Observação final: há personagens protagonistas para que se aplique qualquer técnica das aqui citadas. Frieza. Pensamento instantâneo e pragmático. E crueldade, não tenha dúvidas! Os coadjuvantes são temperos: berros e sangue quente.

Não conheço ainda odor mais peculiar do que o exalado por sangue quente, vivo. Descrevê-lo seria inútil. E garanto: quase ninguém, incluindo os que se imaginam o carrasco do capeta, permaneceriam impassíveis ao sentirem esse cheiro. Fede, mas de um jeito ímpar.É para poucos.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

putaquepariu!
quanta ciência em prol da violência!
quanto conhecimento em prol do sadismo!
quanta ironia em relação a morte!
hahaha
ficou hilário
podia salpicar mais ironia! mais e mais! nesse seu texto, acho que nunca seria muito hehehe
queremos mais!
só faltou aquela revisão chata pra aparar as pontas, antes de publicar. mas isso é o de menos.
gostei desse também! =)

digaum

2:39 AM  
Blogger Dáborah Dias said...

Pode se dizer que você sabe usar armas, sobretudo uma arma que atinge mais, mais gente e com mais força: as palavras.

Beijos.

9:09 AM  

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