Fratura
fraturaa
E assim, me quebrei.Fratura instável do terço distal da clavícula direita com rompimento dos ligamentos trapezóide e conóide do ligamento coracoclavicular. Conduta de urgência: reparação cirúrgica da lesão, com redução da fratura associada a colocação de aste axial. Recomenda-se também a feitura de amarrilhas ao processo coracóide da escápula.
Mas não corri, não voltei... Queria estar com meus amigos.
De início a dor era bem suportável e cheguei a não acreditar na fratura. Chegando ao hospital, por volta de 20 minutos depois, a dor alcançou minha cabeça. Senti dores fortes. Medicado, fui ao Raio X. Diagnóstico imaginológico: "Parabéns, quebrou mesmo!" (Ah, médico velho!). Escoltado por meu fiel companheiro Hugão, rumamos para Anápolis no carro de outro grande parceiro: Murilão, a múmia com solitária (relaaaaaaxa, véi!). Meu acompanhante e eu chegamos e nos perdemos na cidade. Após passarmos por dois hospitais, fui admitido no Hospital Evangélico. Em seguida, recebi um prognóstico tão generoso quanto o médico que me atendeu. Oito de gesso colocado pelo Sr. João Alves , alivie-me em voltar.
E, na Pousada dos Pirineus, permaneci tanto quanto todos (mais até, perdi o passeio à cachoeira). Sob o efeito de aceclofenaco, Brahma Extra, amigos engraçadíssimos e a cara compania de uma pessoa muitíssimo interessante (vc mesma!), usufrui das diárias já pagas, refeições e etc. Excetuando detalhes menores como a dor, os banhos complicados e as noites em claro, me diverti muito.
Ao fim de tudo isso, penso, convicto, que lucrei. Descobri facetas inesperadas e cativantes de convives, alguns deles dos quais conhecia meramente a face. Confirmei certezas sobre amigos muito queridos e sobre mim mesmo. Muito disso, começando com um golpe de azar tremendo, com o qual aprendi sobre companheirismo, empatia, dignidade (em momentos de dificuldade), Pirenópolis, fraturas, analgésicos opióides, Anápolis, meu talento em quadras de vôlei, meu braço esquerdo e Induísmo. Diante de tanto, não me admiro em lembrar de passeios à pé na acidentadíssima cidade, "gato mia" e momentos de varanda e rede, nos quais me esqueci completamente de que meu ombro direito estava, oficialmente, fudido!
5 Comments:
Ah caralho agora já esqueci mas um dia eu lembro o que eu ia comentar aqui! Pow ainda bem qe era o Hugão dirigindo neh, já pensou se fosse eu? a gente ia quebrar os 2 braçoas e as duas pernas ieuahiaeuhaiuaehiaeuh (isso sendo otimista =P )
Eh, Paulão,
Conseguiu descrever com maestria esse momemto ímpar em Pirinópolis.
Quanto ao meu companheirismo, não passou de uma atitude óbvia de um amigo. Por isso, me "chateiaram" agradecimentos tantos que me dirigiu.
Deixo aqui meu fraco abraço, por força das circunstâncias, e votos de uma primorosa recuperação.
Com estima, Hugo Cerveira
Olá...
Pensei que vc pudesse ser um amigo meu e acabei espiando seu orkut quando achei isso aqui...
Fantástica sua descrição, achei super legal. Jamais esperaria alguém descrevendo uma situação assim dessa maneira. Parabéns...ganhou visitante assídua!
Bjos
Paulinha
Obrigado, Paulinha! Provavelmente vc não vai ler meu agradecimento... Deixem o e-mail para que eu responda aos comentários individualmente.
Obrigado, gente!
Quase nao li seu agradecimento pq vc nao tem texto novo, ta precisando atualizar né? rs
Bjos
e-mail: paullinha_k@hotmail.com
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